Sandro, o menino com apenas 18 horas de vida raptado do Hospital de Penafiel por uma falsa enfermeira, foi encontrado pela Polícia Judiciária em Felgueiras, a menos de vinte quilómetros de distância da unidade de Saúde. A criança está bem e foi entregue à mãe, que a reconheceu. Vai agora ser sujeita a exames de ADN, para se confirmar a identidade. A suspeita foi detida e à hora do fecho desta edição estava a ser interrogada na PJ do Porto. Negava o rapto e assegurava que não levou o bebé do hospital. Garantia que o menino era seu filho.
Foto Correio da Manhã
A raptora fez-se passar por enfermeira e levou o menino pelas 14h35. Disse que o bebé precisava de tratamento – e levou-o. A mãe do menino, Vera, de 25 anos, nem por um minuto desconfiou da falsa enfermeira. Só meia hora depois percebeu que o bebé fora roubado. Sandro é o seu terceiro filho.
As câmaras de vigilância confirmaram que a raptora saiu pela morgue. Transportava o bebé, que levou para casa, em Sernande, Felgueiras.
Uma denúncia permitiu às autoridades agirem rapidamente. A GNR terá sido informada via telefone de que determinada mulher roubara um bebé. Do outro lado da linha alguém disse que ouvira inadvertidamente uma conversa que lhe permitia fornecer elementos sobre a raptora.
A informação foi passada à PJ, encarregue da investigação, e a casa da mulher foi cercada. O recém-nascido foi depois transportado de ambulância para o hospital, ao encontro dos pais biológicos.
O rapto aconteceu dois anos depois de outra situação idêntica ter ocorrido no Hospital Padre Américo. A menina, levada com três dias de vida, só foi recuperada ao fim de um ano. No dia de ontem, um recém-nascido foi abandonado neste mesmo hospital. A identidade da mãe é ainda desconhecida.
A raptora vai ser interrogada durante o dia de hoje pela Polícia Judiciária e será amanhã presente a um juiz de instrução criminal. O crime de rapto agravado prevê prisão preventiva.
SUSPEITA PREPAROU ROUBO
Vera, mãe de Sandro, estava na enfermaria com o filho. Pelas 14h35 uma mulher jovem e de bata branca pediu-lhe para levar o recém-nascido, que precisava de fazer exames. Sandro nasceu com icterícia e Vera não desconfiou. Entregou o bebé à mulher de bata que parecia ser enfermeira. A raptora teve meia hora para pegar no menino e sair do Hospital Padre Américo. A mulher, que agiu com naturalidade, preparou o rapto ao milímetro. Só trinta minutos depois Vera deu o alerta. A GNR fechou todas as saídas do hospital, mas já era tarde. O pequeno Sandro tinha desaparecido.
DISSE A VIZINHOS QUE IA TER UM FILHO
Na última sexta-feira, Simone, que vive na localidade de Sernande, em Felgueiras, disse aos vizinhos que ia ao Porto ter o filho: "Vou ter o meu filho de barriga aberta", disse. Nos últimos tempos tinha simulado a gravidez. É solteira, vive com os pais e tem namorado. Não se lhe conhece qualquer ocupação. Ontem apareceu em Sernande com um bebé nos braços. Um vizinho desconfiou – e telefonou para a GNR a contar o caso.
2 comentários:
Em vez de inaugurarem tanta coisa sem nexo, ajudem na instalação das pulseirinhas que há 2 anos já deviam estar instaladas e pensem um pouco na segurança das crianças deste país.
Em vez de inaugurarem tanta coisa sem nexo, ajudem na instalação das pulseirinhas que há 2 anos já deviam estar instaladas e pensem um pouco na segurança das crianças deste país. Pelo que li o melhor sistema que anda aí é o destes .gajos: www.safesis.com
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