Dulce Noronha e Sousa
46 Anos
Natural da Longra
Presidente da Escola Superior de Fafe e do Instituto Superior de Tecnologias de Fafe
«Sou uma mulher lutadora e com garra. O que me move não é o dinheiro, mas os desafios e os projectos», é assim que se define Dulce Noronha e Sousa, presidente do IESF – Instituto de Estudos Superiores de Fafe Titular, da Escola Superior de Educação (ESEF) e da Escola Superior de Tecnologias de Fafe (ESTF).
Natural da Longra, onde nasceu em 1963, no seio de uma família tradicional, o pai fundou e foi proprietário de uma das maiores empresas metalúrgicas do concelho, que continua na família, e a mãe professora primária.
Naquela actual vila, faz o ensino primário, continuando os estudos até ao 9º ano na cidade de Felgueiras, acabando por completar o secundário no Colégio de S. Gonçalo, em Amarante.
Em 1980, começa no Porto, a tirar o curso de Educadoras de Infância, que viria a abandonar temporariamente, mudando para gestão de empresas, «para fazer a vontade ao meu pai» esclarece.
Volvido um ano, com apenas 18 anos, casa-se, sendo que aos 21 anos, já tinha tido três filhos: «Tive uma vida de casada muito precoce», confessa aquela empresária.
Ainda da sua juventude, fala da sua passagem pelo Grupo de Teatro da Longra e os dois anos que foi vocalista do grupo Quasar: «Era a idade da inquietude, da despreocupação, da música Disco e das festas de garagem, foram tempos bons», recorda com alguma saudade.
Depois da passagem por gestão de Empresas, acaba em 1985 o curso de Educadoras de Infância no Porto. Em 1986, tem o seu primeiro contacto com o mundo do trabalho na Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras, como Educadora.
Nesse mesmo ano, é convidada para leccionar na Escola Educadores de Infância de Fafe. No ano seguinte, monta um jardim de infância piloto com a mesma escola.
Em 88, começa a caminhada empresarial que a leva a ela e à sua família, a serem detentores do IESF: «Com apenas 25 anos, o meu pai compra-me 25 por cento da Escola de Educadoras de Infância e nesse mesmo ano, entramos num processo de reconversão com vista a termos ensino superior e mais cursos», revela Dulce Noronha e Sousa.
E, aquela docente acrescenta: «Aos 31 anos, peguei neste projecto e sem medos, arrisquei. Hoje, temos dois estabelecimentos, na Escola Superior de Tecnologias, ministramos quatro licenciaturas e na Escola de Educação, cinco licenciaturas, quatro pós-graduações, um mestrado (aguardando mais cinco) e três cursos de especializações. Temos ainda desenvolvido cursos de doutoramentos com Universidades estrangeiras».
Nos últimos anos investiu vários milhões de euros, na ampliação e modernização das instalações daqueles dois estabelecimentos de ensino superior, com a finalidade de responder ao processo de Bolonha e de proporcionar boas condições de trabalho às mais 130 pessoas que ali trabalham (docentes e funcionários) e de estudo aos seus mais de 800 alunos.
Neste espaço de tempo que levou a transformar e a credibilizar estas Escolas, a par da sua gestão, nunca parou de estudar. Fez a licenciatura através de um CESE, em Supervisão Educativa, e outro CESE em Administração Escolar, um curso de dois anos de Formação de Professores e um mestrado em Tecnologia Educativa, ambos na Universidade do Minho.
Em 1997, ingressa no curso de doutoramento em Educação, da Universidade de Salamanca Espanha, tendo obtido a Suficiência Investigativa e 38 créditos em cursos curriculares entre as Escolas de Educação, Psicologia e Belas Artes da referida universidade: «Pretendo entregar ali, dentro de dias, a minha tese de doutoramento sobre “Tutórias electrónicas na supervisão de formação de professores”», informou, para em seguida afirmar, com algum orgulho, «reparem tudo isto, a somar com a docência, a investigação e a gestão das escolas, e ao mesmo tempo criar sozinha quatro filhos, convenhamos, sem falsas modéstias, é obra».
Mas apesar disso, projectos não lhe faltam: «Ando a frequentar Direito, na Católica do Porto, e ainda antes dos 60 anos, quero tirar Pintura em Belas Artes, e pelo meio continuar a preparar os meus filhos mais velhos para ficarem à frente das duas Escolas. Actualmente, o mais velho, o Hugo, já assume parte da gestão do Instituto e a Ana é docente e responsável pelo Gabinete de Psicologia», para mais tarde, quando se reformar, fica a realizar outro sonho, «gostaria de montar uma Creche com laboratório de investigação incorporado ligado com Universidades de Psicologia e de Medicina (Neurociências) de todo o Mundo. E escrever uma metodologia para a primeira infância». Nos seus tempos livres, adora ler e viajar, «já estive em quatro continentes e em dezenas de países», para além disso, tem outra grande paixão pelas artes plásticas, «pinto regularmente e nas minhas viagens, procuro comprar sempre telas». Outras áreas de que gosta são os assuntos sociais e do humano, e a política, mas refere que desta sempre soube fugir.
Sobre Felgueiras, diz ser uma terra «com prioridades muito próprias», onde, na sua opinião, «as pessoas convivem mal com o êxito dos seus conterrâneos»
Natural da Longra, onde nasceu em 1963, no seio de uma família tradicional, o pai fundou e foi proprietário de uma das maiores empresas metalúrgicas do concelho, que continua na família, e a mãe professora primária.
Naquela actual vila, faz o ensino primário, continuando os estudos até ao 9º ano na cidade de Felgueiras, acabando por completar o secundário no Colégio de S. Gonçalo, em Amarante.
Em 1980, começa no Porto, a tirar o curso de Educadoras de Infância, que viria a abandonar temporariamente, mudando para gestão de empresas, «para fazer a vontade ao meu pai» esclarece.
Volvido um ano, com apenas 18 anos, casa-se, sendo que aos 21 anos, já tinha tido três filhos: «Tive uma vida de casada muito precoce», confessa aquela empresária.
Ainda da sua juventude, fala da sua passagem pelo Grupo de Teatro da Longra e os dois anos que foi vocalista do grupo Quasar: «Era a idade da inquietude, da despreocupação, da música Disco e das festas de garagem, foram tempos bons», recorda com alguma saudade.
Depois da passagem por gestão de Empresas, acaba em 1985 o curso de Educadoras de Infância no Porto. Em 1986, tem o seu primeiro contacto com o mundo do trabalho na Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras, como Educadora.
Nesse mesmo ano, é convidada para leccionar na Escola Educadores de Infância de Fafe. No ano seguinte, monta um jardim de infância piloto com a mesma escola.
Em 88, começa a caminhada empresarial que a leva a ela e à sua família, a serem detentores do IESF: «Com apenas 25 anos, o meu pai compra-me 25 por cento da Escola de Educadoras de Infância e nesse mesmo ano, entramos num processo de reconversão com vista a termos ensino superior e mais cursos», revela Dulce Noronha e Sousa.
E, aquela docente acrescenta: «Aos 31 anos, peguei neste projecto e sem medos, arrisquei. Hoje, temos dois estabelecimentos, na Escola Superior de Tecnologias, ministramos quatro licenciaturas e na Escola de Educação, cinco licenciaturas, quatro pós-graduações, um mestrado (aguardando mais cinco) e três cursos de especializações. Temos ainda desenvolvido cursos de doutoramentos com Universidades estrangeiras».
Nos últimos anos investiu vários milhões de euros, na ampliação e modernização das instalações daqueles dois estabelecimentos de ensino superior, com a finalidade de responder ao processo de Bolonha e de proporcionar boas condições de trabalho às mais 130 pessoas que ali trabalham (docentes e funcionários) e de estudo aos seus mais de 800 alunos.
Neste espaço de tempo que levou a transformar e a credibilizar estas Escolas, a par da sua gestão, nunca parou de estudar. Fez a licenciatura através de um CESE, em Supervisão Educativa, e outro CESE em Administração Escolar, um curso de dois anos de Formação de Professores e um mestrado em Tecnologia Educativa, ambos na Universidade do Minho.
Em 1997, ingressa no curso de doutoramento em Educação, da Universidade de Salamanca Espanha, tendo obtido a Suficiência Investigativa e 38 créditos em cursos curriculares entre as Escolas de Educação, Psicologia e Belas Artes da referida universidade: «Pretendo entregar ali, dentro de dias, a minha tese de doutoramento sobre “Tutórias electrónicas na supervisão de formação de professores”», informou, para em seguida afirmar, com algum orgulho, «reparem tudo isto, a somar com a docência, a investigação e a gestão das escolas, e ao mesmo tempo criar sozinha quatro filhos, convenhamos, sem falsas modéstias, é obra».
Mas apesar disso, projectos não lhe faltam: «Ando a frequentar Direito, na Católica do Porto, e ainda antes dos 60 anos, quero tirar Pintura em Belas Artes, e pelo meio continuar a preparar os meus filhos mais velhos para ficarem à frente das duas Escolas. Actualmente, o mais velho, o Hugo, já assume parte da gestão do Instituto e a Ana é docente e responsável pelo Gabinete de Psicologia», para mais tarde, quando se reformar, fica a realizar outro sonho, «gostaria de montar uma Creche com laboratório de investigação incorporado ligado com Universidades de Psicologia e de Medicina (Neurociências) de todo o Mundo. E escrever uma metodologia para a primeira infância». Nos seus tempos livres, adora ler e viajar, «já estive em quatro continentes e em dezenas de países», para além disso, tem outra grande paixão pelas artes plásticas, «pinto regularmente e nas minhas viagens, procuro comprar sempre telas». Outras áreas de que gosta são os assuntos sociais e do humano, e a política, mas refere que desta sempre soube fugir.
Sobre Felgueiras, diz ser uma terra «com prioridades muito próprias», onde, na sua opinião, «as pessoas convivem mal com o êxito dos seus conterrâneos»
Fonte - Semanário de Felgueiras
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