Natal é uma questão de sensibilidade, naturalmente. Dentro do chamado espírito natalício, num sortilégio marcante, para sempre, na memória de crianças e adultos, ou seja do imaginário da infância que os adultos também procuram. Havendo algo como uma magia transbordante do mais longínquo subconsciente, em tal época rodeada de maravilhoso ambiente, especialmente de tudo quanto é simbologia alusiva.
Com efeito, esta quadra está intimamente relacionada aos símbolos referentes, às imagens dessa marca do Natal, de cumplicidade referencial. Pois, como em tantos outros casos, exteriorizando vivências através de sinais comunicativos, costuma-se celebrar momentos especiais com reforço de cunho simbólico, prestando assim maior dignidade.
Com efeito, esta quadra está intimamente relacionada aos símbolos referentes, às imagens dessa marca do Natal, de cumplicidade referencial. Pois, como em tantos outros casos, exteriorizando vivências através de sinais comunicativos, costuma-se celebrar momentos especiais com reforço de cunho simbólico, prestando assim maior dignidade.
Ora, este período está carregado de imagens coloridas e simbologia afectiva, que indicam o mesmo fim. Quanto se passa noutras circunstâncias, também, porque tudo na vida tem um sentido e a própria simbologia uma função devida. Tal qual para uma orientação própria, mas com pertinente significado. Então, sendo o Natal uma celebração essencialmente religiosa, pode-se dar até outros exemplos da mesma direcção: Como se sabe, por entre tantos preceitos, as igrejas (templos) costumam ter a porta principal virada ao pôr-do-sol e o altar-mor do lado Este, orientando a sua utilização sagrada (virado ao Oriente, onde se deram os episódios bíblicos e se desenrolou a missão terrena de Jesus Cristo); o altar, voltado para o lado da Terra Santa, e a toalha, têm seu quê de representatividade (respectivamente, a pedra sagrada das oferendas do Antigo Testamento, como também a mesa da última ceia, e a mortalha que cobriu Cristo); bem como as próprias pedras principais da construção do templo comunitário, as da fundação e angular, têm um sentido alusivo às respectivas componentes; e tantos casos mais, tudo com naturais directrizes. Querendo isto, assim apresentado, significar a envolvência que todos damos ao que nos diz respeito, no sentido das convicções comuns.
Pois bem, servindo os sinais exteriores para compor o interior individual e colectivo das pessoas, também neste aspecto, servem os símbolos natalícios para aconchegar o encanto próprio da quadra festiva em apreço. Desde a coroa do Advento, que por norma enfeita as portas das casas e altares de igrejas ainda no tempo de preparação, antecedente ao Natal, cuja verdura de folhas e rebentos da natureza aludem à esperança, do acontecimento prestes a chegar. Passando pelo tradicional presépio, representando cenário do nascimento de Jesus na lapa de Belém, tendo ao centro o Menino (antigamente associado com as prendas às crianças), em cena coroada por anjos anunciadores da boa-nova da vinda do Redentor. Além da árvore natalícia, a lembrar a vida, em cujos ramos os frutos são as alegóricas bolas de adorno, num conjunto encimado pela estrela de sinal celeste, com mensagem determinante na História por indicar o caminho aos magos, dos quais provém a representatividade das suas ofertas e derivada origem dos presentes natalícios. Havendo depois expoente na ceia da consoada, qual reunião familiar e convívio de união fraternal, quão apreciado banquete eterno. Certamente que há ainda a figura importada do denominado Pai Natal, de moda trazida por exportação estrangeira, com a cor da bebida americana que o impôs (quando inicialmente até era verde), do qual é a fisionomia hoje em dia incorporada na energia figurativa. Mais a iluminação decorativa, para recrear ânimos. Entre toda a azáfama inerente, acrescentada ao lado espiritual, pairando ambiente de realidade humana plena de expressão aos valores consagrados.
© ARMANDO PINTO
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